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sábado, 3 de novembro de 2012

Perdido pelo Espaço

Dentro de nosso cotidiano perdemos diariamente momentos tão intensos, tão belos, tão incríveis que chega a ser difícil aceitar que eles se passaram sem que tenhamos percebido. Hoje em exemplo disso, saí despretensioso para fazer uma caminhada pela rua e comecei a notar alguns aspectos do final da tarde e início da noite. Aliás, já era noite de acordo com os relógios, porém ainda estava claro por estarmos em horário de verão. 

Desde a manhã o dia ameaçava alguma chuva, ficou cheio de nuvens, todo 'fechado'. No entanto foram só ameaças, afinal só tomei alguns pingos de chuva beeeem ao final da minha caminhada, mas voltemos um pouco mais. Na verdade eu tinha a intenção de dar alguns arremessos, então botei minha bola de basquete na mochila e saí pela rua. 

Frustrado por não ter encontrado a quadra que imaginei ter visto pelo caminho, continuei andando e fui mais longe que o esperado, cerca de 30, talvez 40 minutos. Durante o percurso comecei a observar o céu, o movimento das árvores, o vento que soprava ora de um lado, ora de outro. As pessoas indo de um lado a outro na rua em um compasso sempre ritmado, parecia ser tudo combinado. 

Aquela caminhada passou a ficar gostosa, dinâmica, linda e divertida. Eu estava leve e nem percebia as quadras ficarem para trás, ou o tempo passar. Por alguns momentos tenho a impressão de ter passado por um sonho enquanto estava nas ruas, tamanha foi a simplicidade e naturalidade do que estava acontecendo. 

Há algo mais simples e completo que isso? Às vezes em momentos de paz a gente enxerga tão longe quanto se deseja enxergar, pois nada pode lhe impedir de fazê-lo. Precisamos(ou preciso eu, digo por mim) ter mais momentos como esse em nossas vidas. Momentos de permitir ao pensamento que viaje, que perca os laços com a Terra e alcance a imensidão. Uma ótima semana a todos, até a próxima.