Total de visualizações de página

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Long Distance Heróis do Triathlon - Uma Conquista e Tanto! (Parte I)

Há quem não acredite na perfeição. Será que é mesmo possível ser perfeito em algo? Sim, não, talvez, jamais... não sei se creio em algo que seja perfeito, creio no entanto, que algo possa ser trabalhado, esculpido até beirar a perfeição, pode chegar ao ponto máximo de assertividade quanto a isto. Depende da ocasião e/ou circunstância, e algo pode sim se tornar perfeito mesmo que seja apenas aos olhos de uma única pessoa.

Nos últimos dias tive uma experiência que me provou mais uma vez que isso é possível. Realizei em 12 de Outubro, data esta muito mais do que especial, um triathlon de longa distância, o Long Heróis do Triathlon, disputado nas distâncias de um Meio Ironman: 1,9km Natação, 90km Ciclismo e 21km Corrida. Foi uma estréia na distância até então desconhecida, eu não fazia ideia de como ela seria, ou o que poderia acontecer durante todo percurso.
Iniciei a Natação muito confiante, larguei tranquilo e nadei em um ritmo de esforço, onde julgava estar entre um bom grupo de nadadores, talvez um segundo ou terceiro pelotão mas um bom grupo. 

Na primeira volta achei o tempo alto(16’40”) mas não me preocupei e segui na mesma tranquilidade de antes. Quando botei os pés na areia pela segunda vez em direção à área de transição para o ciclismo, meu GPS anotava 35’40”, algo muito acima do que planejei, bastante fora dos meus planos mas ainda havia muito a provar.

Adentrei a área de transição e notei que muitas bikes haviam saído, talvez mais do que imaginei que sairiam antes de mim. Capacete, sapatilha, alimentação, bike e pé na estrada. Entrei na beira-mar e logo ganhei a Alexandra-Matinhos com minha bike(a bike não era minha na verdade) seguido de perto pelo Luiz. Ele teve um problema com a bike e estava sem água, consegui auxiliá-lo por algum tempo e então passei a ditar um ritmo mais forte quando fiz o primeiro contorno na altura do km 18.

Dali em diante o vento aumentava aos poucos e conseguia manter mesmo assim uma boa consistência no ritmo, o que me permitia ultrapassar várias pessoas que haviam nadado muito melhor que eu, reduzia então a diferença para os líderes da prova. Ao cruzar pelo último contorno aos 72km, sabia que não restaria muito mais além da corrida e então acresci ainda um pouco mais a intensidade nos pedais.

Verificava nesse momento que o ritmo médio seria bem melhor do que havia pensado em fazer e, ao fim das contas, já havia equilibrado a diferença negativa da natação. Foram 2h27min de um ciclismo consistente, sem exageros mas também que não foi fácil.

(Continuo na próxima postagem, ainda vem muito por aí... boa semana a todos!)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Do Fundo do Baú

Hoje me peguei conversando sozinho. Falava comigo mesmo como se houvesse outra pessoa a me dar atenção, sem resposta alguma. Sim, é verdade, e quase me senti numa conversa de verdade, não fosse o fato de estar rodeado por um grande vazio.

Fazia uma narrativa de minha trajetória de vida desde o início da infância, ligando tudo o que contribuiu para que chegasse hoje onde estou, tudo aquilo que sempre me levou à prática de vários esportes até me tornar um singelo triatleta amador(de muito sucesso, admito!).

Foi bem engraçado, como se estivesse rebobinando uma fita e todo o filme sendo passado do final para o começo. Vi minha prova do último final de semana, meu primeiro triathlon, a primeira corrida de rua, o porquê de tê-la feito, meu final e começo do basquetebol, do futebol e desde sempre a paixão(mesmo que apenas um hobby) pelo ciclismo ainda quando muito criança.

Me deu então vontade de fazer um resgate de tudo isso. É um longo caminho, muita coisa já me passa à mente, coisas que eu nem me lembrava mais e por certo também não lembrarei perfeitamente. Vou tentar escrever um pequeno “histórico”, que talvez não seja tão pequeno assim.

Isso me dá um grande orgulho e por certo vai ser legal falar de como tudo começou, como foi o caminho até aqui. Já prevejo algumas noites passando despercebidas enquanto começar a escrever, como acontece agora. Passa da meia-noite e cá estou a escrever como se o dia estivesse começando. Na verdade está, mas deveria estar na cama e não aqui como um vaga-lume.


Vou escrever, e postarei aos poucos conforme as histórias surgirem. Será legal dividir estas experiências, e com calma colocarei alguns “causos” que são difíceis esquecer mesmo depois de tanto tempo. Pensando bem, meu dia a dia nunca foi um marasmo. Como é bom saber que aproveitei ao máximo tudo o que pude. Logo tem mais, aguardem!