Um longo período passei sem escrever mas hoje pela manhã ouvi algo que me despertou, uma palavra estranha e uma explicação convincente, portanto resolvi transcrever a vocês sobre o que seria "amornal". Na verdade, é um termo ‘inventado’ que
substitui já com o nome a versão da palavra ‘hormonal’. Causa mesmo estranheza
os comparativos, mas tentarei explicar da melhor forma possível.
Antes de qualquer coisa, ouvindo os comentários de Luciano
Pires sobre o assunto, o referido era o seguinte: uma mulher havia entrado em
seu consultório com algum problema e passados os sintomas, ficou diagnosticado
o motivo simples, de natureza humana: ela estava entrando em seu ciclo de
menopausa e com isso alguns incômodos estavam a aparecer.
No intuito de “retardar” ou eximir a evolução destes
sintomas, para que a mulher não continuasse a se sentir mal lhe foram
receitados alguns medicamentos, os conhecidos hormônios para que seu organismo
tivesse suprido sua necessidade.
Dali ha poucos dias a paciente reencontra seu médico com uma
aparência bem diferente da anterior, com humor apurado, alegre de fato e quando
questionada sobre o uso dos medicamentos, ela negou ter tomado sequer um
comprimido e que ao contrário disso, encontrara uma nova paixão, um novo amor e
que isto por si só a teria feito uma melhora de intensidade descomunal.
Ao invés de uma recuperação “hormonal”, teve esta paciente
seu quadro revertido em um tratamento “amornal”. É o que vemos frequentemente
acontecer em nosso dia a dia: as pessoas perdem o gosto, ou a vontade, a
sensibilidade de se apaixonar a cada dia com o passar do tempo. Quando isso vem
a ocorrer, a pessoa é amada, vive intensamente uma paixão, se sente de fato
viva e, portanto, não necessita de qualquer medicamento para “corrigir” seus
estímulos corporais, pois ele sozinho se dá conta de fazer com que isto
aconteça.
É comum vermos casais apaixonados, felizes, 100% contentes e
dispostos a tudo quando estão no início de seus relacionamentos, porém após um
período indeterminado isto chega parcialmente ou não a um final. Mas vale
ressaltar ainda um detalhe: o que lhe faz se recuperar ou ficar bem, não é
encontrar a pessoa certa mas o valor que você se dá quando isto acontece.
Amor próprio, autoestima, otimismo. O tratamento para todos
seus males pode também ser uma bela quantidade de amor. Um tratamento “amornal”
pode lhe surtir muito mais efeitos do que uma imensidade de pílulas. Pense
nisso, viva sem medo, sem se impôr limites. Ame muito e se deixe amar, isso não
fará mal a ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário