Neste último final de semana (05/05) passei por uma experiência
fantástica, tive uma enorme surpresa e a constatação de que o esforço está
valendo a pena. Para ilustrar quão enorme tenha sido o meu susto, basta saber
que fui Campeão Geral na categoria Mountain Bike pela 2ª etapa do Sprint
Triathlon Guaratuba.
Este mesmo choque que se tem ao ler, tive ao ouvir meu nome
anunciado para o ponto mais alto do pódio no domingo enquanto eu começava a
sentir as dores pós-prova, junto de algum frio e debaixo de uma leve chuva.
Isto, claro, depois de um belo e confortante banho quente.
Vamos então ao começo. Acerca de 3 semanas passadas sofri
uma contusão no tornozelo direito, algo que me impediu de treinar por um bom
tempo. Conseguia pedalar com algum esforço, fiz 2 treinos apenas, porém em um
deles marquei incríveis 101km e meu velocímetro anotava uma média de 34km/h.
A corrida também caiu bastante, não consegui treinar mas fiz
a corrida da Lua Cheia no parque Tingui onde mantive um ritmo mais leve para
tentar acompanhar um amigo e ao final terminei fazendo uma grande prova sem ter
me preparado. Foram 8,6km em um pace de 4:12min/km.
Para nadar era quase impossível gerar propulsão, treinei com
pullboy muito menos do que gostaria. Resultado: nesse período todo foram 7
treinos e fui de encontro então com o Sprint Triathlon Guaratuba, pouco
confiante, sabendo que não estava preparado mas ainda confiava que pudesse ser o
suficiente para uma boa prova.
Viajei sabendo que não faria a prova dos sonhos, mas quando
o dia começou eu me sentia muito bem. Apesar do frio e do mar muito mexido
consegui um ótimo tempo de natação(11’50”), o percurso estava um pouco menor
que o determinado. Quando saí para o ciclismo, notei que poucas bikes haviam
saído da área de transição, acelerei um pouco mais e logo cruzei com os
primeiros atletas e de pouco em pouco me aproximei.
O ciclismo era feito em um circuito de 4 voltas de 5km cada.
Ainda na segunda volta eu já tinha superado as mountain bikes que visualizei à
minha frente. Ao sair para correr, a minha bike era a única que visualizei no
cavalete. Até esse momento me senti voando, com alguma dor na lombar, mas
estava com a musculatura totalmente recomposta, estava muito bem e até brinquei
com alguns amigos posicionados próximos à transição.
Corri. Doeram as panturrilhas e logo passou a dor, doeram as
coxas e esta também cessou pouco além. Quando abri a segunda volta da corrida,
meu tibial anterior parecia aos poucos arrebentar. Doeu muito, e só parou
alguns minutos após o término da corrida. Quase não acreditei ao ver a marca de
1°10’12” na linha de chegada. Esse foi o tempo final, oficial.
Por incrível que possa parecer, 1 minuto a menos da minha
estréia com tempo de 1°11’17” e um belo troféu que ficará marcado por muito em
minha memória. Eu sei que é simbólico, é algo que nem vale tanto. Mas tenho
meus motivos para acreditar e agradecer. A quem me incentivou, me preparou,
torceu ou simplesmente me disse que eu podia, e posso. Aos meus treinadores,
amigos que não deixaram desanimar em momento algum. Pelas palavras de conforto
ou motivação, pelas mensagens(!!!), pelos gritos enquanto eu passava pela
‘platéia’, por todo pensamento positivo, fica aqui meu muito obrigado. E que
venham os próximos!