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sábado, 6 de junho de 2015

Como Passa Rápido o Tempo

Sabem como é?! Em algumas fases da vida a gente fica um pouco mais sensível que o normal. A gente se recorda de mais acontecimentos, lembra de mais pessoas, momentos, sente mais saudades. E nesse instante uma coisa vai puxando a outra, como se tudo tivesse interligado. E realmente está, afinal estamos relembrando cenas de nossa própria vida. 

Há alguns dias, quiçá semanas, estou assim. Por vários motivos acredito eu, ou então por um único, ou um pequeno punhado deles. Tenho caminhado mais vagarosamente pelas ruas a cada vez que esbarro em uma recordação, e tem acontecido bastante. E quando acontece, passo a pensar, pensar, pensar, às vezes me dá a impressão de que estou revivendo tudo aquilo e então desperto assustado como se saísse de um sonho. 

Não é estresse, isso não. Talvez um pouco de ansiedade por tudo que está por vir pela frente, quando penso na viagem que farei em breve para o exterior, algo que ainda é um tanto conflitante para comigo mesmo e me causa certo desconforto. Ou então porque é meu aniversário, e nesse momento a gente sempre quer todo mundo bem pertinho, ganhar abraços, sorrisos. Mas a quem possa entender, a distância é cruel em dias assim.

Prestes a completar 4 anos da maior decisão que tomei em minha vida, tenho certeza de que acertei mas tenho ainda comigo a mesma sensação daquele dia em que abri a página de internet e li meu nome entre os convocados para matrícula e, como consequência, um passo no desconhecido e minha mudança pra essa cidade que me acolhe cada vez melhor deixando para trás (em partes) todo o universo que outrora eu conheci. 

Não reclamo de ser hoje ruim, tudo é ainda um sonho. Mas a vida era boa e ainda assim às vezes tenho a impressão de que abandonei tudo e entrei em uma estrada que apenas eu posso desvendar, podendo me utilizar de novas ferramentas, mas não mais aquelas de um passado recente. A insegurança ainda ronda por perto, ainda que tudo pareça estar nos eixos, seguro sob meus pés. 

Eis portanto aqui um relato, e não um desabafo. Um relato de como têm sido os últimos dias, como a cabeça anda conturbada sabendo que aqui, nesse universo online posso confiar minhas palavras a qualquer momento, mas ele jamais interpretará tudo o que sinto. O papel e caneta, como também os utilizo, têm talvez uma marca mais fiel do que eu posso transmitir. Ainda assim, são estes meus principais "ouvintes", "leitores". 

Uma pena eles não poderem me olhar nos olhos, tomar um café ao meu lado ou, quem dera, me dizer: "tudo bem, estou aqui". Porque algumas coisas podem ser substituídas a qualquer instante na vida, mas existem palavras, atitudes e pessoas que nada, em momento algum terá seu lugar ocupado. Apesar da certeza disso, talvez seja exatamente o ponto que mais temo: onde estarão eles? 

Uma boa noite e uma boa semana a todos! A mim, parabéns pelos 27 anos completos. Modéstia à parte, ainda me sinto um garoto e não me vejo muito diferente disso. Um brinde a isso!! 

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