Como é bom estar de volta em casa, mesmo que isso seja só
por uma pequena visita. Como é delicioso reencontrar os amigos, família, ver as
casas que foram construídas enquanto eu crescia, ver a cidade que também
evoluiu enquanto eu deixava a infância para tomar rumos distintos na vida.
Reafirmo como antes que Curitiba me deixou apaixonado, e dá pra comparar muitas
coisas em relação à “pequena” Franca do Imperador, mas não é o caso agora.
Um feriado, outro feriado e então decidi vir passear para
aproveitar os dias de folga mas claro, não deixando de estudar porque a próxima
semana vai ser bem puxada. Pra ter idéia, temos 2 provas de uma mesma matéria,
como se não fosse bastante as costumeiras leituras, discussões, apresentações e
trabalhos. Enfim...
A chegada foi deslumbrante. Logo quando entramos no trevo e
avistei uma pequena parte da cidade, eu tremulava como em outra ocasião, quando
fui à praia pela primeira vez. Sim, parecia um garoto afoito para desembarcar e
correr pela praia. A parte mais engraçada era que quando entrei no ônibus na
capital paranaense a impressão era de que havia meses que eu não via minha
terra, que havia ido embora. E de repente a adentrar as ruas, tudo mudou: eu sentira
que nunca havia saído daqui.
Ainda estou no embalo da criança na praia, mas o tempo vai
se esgotando rapidamente. Eu conheço hoje a fundo o significado da expressão “o
que é bom dura pouco”, mas também de outras, entre elas uma citação que diz o
seguinte: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.” –
Saint-Exupéry.
Minha moto, mal cheguei e tive que dar uma volta nos
arredores. Algumas coisas já mostravam insatisfação com o tempo que a deixei
parada, alguma oxidação, rigidez, ela parecia gritar. Mas nos entendemos logo e
ela me deu mostras ainda do porquê adorar tanto essa máquina! Uma pena é não
podermos dar um passeio juntos regularmente, mas isso também faz parte.
Nem preciso dizer quanto à família e amigos, não é?! A cada
vez que encontrava alguém, era um novo suspiro e a passagem de um novo filme na
cabeça. Bons momentos! Ainda não encontrei com todas as pessoas que queria, mas
vou fazer o máximo com o tempo que me resta. Já chega, os nervos estão
aflorados e há muito mais o que dizer, vamos esperar que a calma os coloque no
lugar certo.
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